Capítulo 4
A Casa de Deus
Ler: Ezequiel 40:2-4; 43:10-11.
Você lembra que foi no tempo quando tudo que tinha sido
anteriormente instrumento de Deus para mostrar em tipo Seus pensamentos no meio
de Seu povo tinha fracassado e se perdido, e o povo estava longe do toque,
tanto espiritualmente como literalmente, daquelas coisas (o templo e Jerusalém,
etc) que o Senhor tomou Seu servo Ezequiel, e em visões de Deus, trouxe-o de
volta à terra, colocando-o sobre um alto monte, e lhe mostrou em visão a
cidade, e aquela grande, nova, espiritual casa celestial. Muito completa,
abrangente e detalhada foi a visão e a revelação que foi dada, e o profeta foi
levado a cada ponto, a cada ângulo, e através de todo aquele templo espiritual,
passo a passo; dentro e for a, por cima e através, e ao redor, o anjo o tempo
todo com a cana de medir, dando as dimensões, as medidas de tudo; uma definição
muito exaustiva de toda esta casa espiritual. E, então, mais adiante, após ser
mostrada toda forma e ordenanças, o sacerdote, os sacrifícios e tudo mais, foi ordenado
ao profeta mostrar a casa a Israel, e dar a eles todos os detalhes do Divino
propósito. Em nossa meditação anterior, mostramos, em relação a isto, que
sempre que há um abandono dos propósitos Divinos, sempre que há uma perda da
revelação original de Deus, sempre que a espiritualidade, o poder Divino
daquilo que é de Deus cessa de operar no meio de Seu povo, e sempre que a
glória se vai, a reação do Senhor a tal estado de coisas é trazer Seu Filho
novamente à vista; e prosseguimos para ver como que, em tempo semelhante na
história da Igreja nos primeiros dias, quando as coisas mudaram da glória
original, João foi usado pelo Espírito através de seu evangelho, de suas
cartas, e do apocalipse, para trazer o Senhor Jesus de uma forma plena,
celestial e espiritual novamente à vista; fazendo-nos lembrar a nós mesmos, em
assim fazendo, que o evangelho de João é praticamente o último livro do Novo
Testamento que foi escrito, tanto que em valor espiritual e significância, ele
realmente vem após tudo mais que foi escrito no Novo Testamento. Isto para
dizer que ele representa o ensino de Deus novamente com uma fresca apresentação
de Seu Filho em termos de celestialidade e espiritualidade, num tempo quando as
coisas haviam se desviado.
Eu apenas quero por alguns minutos, como me sinto constrangido,
ficar com isto: e temos o evangelho de João aberto diante de nós, no primeiro
capítulo. E observem que isto é Deus voltando novamente em relação à plenitude
de Seu propósito para o Seu povo, e o significado é exatamente este: Cristo é a
plenitude do propósito de Deus para nós, e o Espírito Santo (representado pelo
anjo em Ezequiel) veio com o objetivo e propósito de nos dar e nos levar para
Cristo, para que tenhamos uma ampla e detalhada expressão do propósito Divino
em Cristo, e sejamos trazidos Nele.
Agora você observa que com João 1 você obtém uma nova, grande e
eterna apresentação:
" "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus,
e o Verbo era Deus." "
Este é o eterno pano de fundo do propósito Divino. Caminhe mais um
pouco:
" "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós."
"
Este é o pensamento Divino vindo da eternidade e sendo plantado em
nosso meio de forma plena e inclusive; todos os pensamentos de Deus resumidos
em Seu Filho, o grande Pensamento Eterno, e centralizado no meio dos homens na
Pessoa de Cristo. E, então, você prossegue (e eu não estou tocando tudo o que
está entre esses pontos) para o fim deste primeiro capítulo e você tem por
implicação algo que é muito bonito, se você reconhecer seu valor. É a palavra a
Natanael. É sempre interessante observar que foi a Natanael. Tivesse sido a
Pedro, Tiago ou João, poderíamos muito bem ter concluído que a palavra era para
algum tipo de círculo íntimo. Porém, sendo Natanael, ele está no maior círculo
de associação com Cristo, e, portanto, o que foi dito a ele é dito a cada um de
nós.
" "Vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e
descendo sobre o Filho do homem." "
BETEL __ A CASA DE DEUS
Agora por implicação: somos instintivamente levados por essas
palavras de volta ao Velho Testamento, para o livro de Gênesis, e Jacó
imediatamente vem à vista, e nos lembramos dele em seu caminho entre dois
pontos, quer dizer entre dois lugares, entre o céu e a terra; nem totalmente a
terra e nem totalmente o céu, mas um ponto intermediário. Aquela noite, naquele
lugar intermediário, em um local ao ar livre, ele deitou dormiu; e, eis que uma
escada colocada na terra, cujo topo alcançava no céu, pela qual os anjos subiam
e desciam, e acima da escada estava o Senhor; e o Senhor falou a ele. E Jacó
acordou do seu sono, e disse: Certamente o Senhor está neste lugar, e eu não
sabia; este não outro lugar senão a casa de Deus! E ele chamou aquele lugar de
“Betel”, ou a Casa de Deus.
O Senhor Jesus apropriadamente se utilizou dessa passagem e
aplicou-a a Si mesmo, em Suas palavras a Natanael, e, com efeito, ou por
implicação, disse: Eu sou Betel, a Casa de Deus; eu sou aquele não é totalmente
da terra, embora esteja sobre ela, nem totalmente do céu, em minha condição
atual, embora ligado a ele; estou aqui entre o céu e a terra, o ponto de
encontro de Deus com o homem, a Casa de Deus, em Quem Deus fala, em Quem Deus
se revela __ Ele fala em Sua Casa; Ele se revela em Sua Casa __ Eu sou a Casa
de Deus: a comunicação de Deus com este mundo está em Mim, e somente em Mim:
“ninguém vai ao Pai senão por Mim”. Ele poderia bem ter dito, embora não esteja
registrado: o Pai não vai a ninguém, mas somente a Mim.
Agora, é exatamente esta Casa de Deus, como representada por
Cristo, que é a nossa reflexão, que nos leva ao testemunho prático em batismo:
Jesus __ a Casa de Deus. Sabemos, naturalmente, que qualquer outra casa na
Bíblia é apenas uma ilustração de Jesus. Seja ela o tabernáculo no deserto, ou
o templo de Salomão, ou qualquer templo subseqüente que teve a pretensão de
desempenhar a mesma função, ou qualquer outra coisa que, em termos mais
espirituais no Novo Testamento é chamado de Igreja, não é outra coisa além de
Cristo, mas é Cristo. No pensamento de Deus é apenas Cristo, e não há nada mais
do que Cristo, e nada além de Cristo, que é a Igreja ou a Casa de Deus.
O ponto que sentimos que o Senhor está procurando enfatizar nessas
meditações é como Ele tem unido todas as coisas de uma forma final, conclusiva
e exclusivamente, ao Seu Filho, e que não há nada para se ter de Deus exceto
Cristo, e é pelo Espírito Santo que Cristo é revelado em nossos corações.
Assim, o Senhor Jesus, sendo a Casa de Deus, cumpre cada função que foi
estabelecida por meio de um tipo, nessas outras casas terrestres.
Você começa com o Santíssimo Lugar, o Santo dos Santos. Em Cristo
está o Santíssimo Lugar, onde Deus verdadeiramente e pessoalmente habita, e tem
sua morada. Deus está em Cristo, e em nenhum outro lugar Ele habita da mesma
forma. É claro que o Pai faz morada em nós. Mas, amado, há uma diferença. O
fato de o Pai vir fazer morada em nós não nos constitui em muitos Cristos. Não
somos moradas de Deus no mesmo sentido que o Filho é. A diferença veremos em
seguida. A habitação de Deus em Cristo é única, e o Santíssimo Lugar está Nele
apenas.
Nele está o oráculo; isto é, a voz, a voz que fala com autoridade,
e esta autoridade é final. A autoridade final da voz de Deus está em Cristo,
somente em Cristo. Os três discípulos estavam numa posição bastante exaltada,
tanto em seus espíritos como em seus corpos, no Monte da Transfiguração. Foi
uma experiência maravilhosa, um acontecimento espiritual tremendo. Porém mesmo
assim, quando você está numa posição espiritual muito elevada e exaltada,
repleta de aspirações e expressões espirituais, você pode cometer os erros mais
graves. Assim Pedro, com a melhor das intenções, com as intenções mais
sublimes, disse: “Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três
tendas: uma para Ti, uma para Moisés e outra para Elias”. E, enquanto ele ainda
falava, Deus se manifestou e não deixou nem que Pedro terminasse, e disse, __
enquanto Pedro ainda falava, a nuvem os encobriu, e veio uma voz do céu
dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; ouçam a Ele.” ‘Não
comecem a dar expressões aos seus pensamentos e idéias aqui nesta posição: a
palavra final de autoridade está Nele; calai-vos diante Dele’. Seus êxtases
espirituais não têm lugar aqui; vocês não devem ser influenciados nem mesmo por
seus sentimentos mais sublimes. ’ A voz da autoridade de Deus em Cristo é a
palavra final. Ela é o oráculo que está Nele. Esta voz é o oráculo que está
Nele, como no antigo santuário. Assim, podemos percorrer todo aquele
tabernáculo ou templo e considerar ponto por ponto, e veremos Cristo como o
cumprimento de tudo aquilo, como a Casa de Deus, onde Deus é encontrado, e onde
Deus se comunica.
A CASA
CORPORATIVA DE DEUS
Agora, o que é a Casa de Deus em seu sentido mais amplo, em seu
sentido corporativo ou coletivo? Ela é, usando aquela maravilhosa frase com
quase duas centenas de ocorrências no Novo Testamento, tudo aquilo que está
representado por “em Cristo”. Se estamos na Casa de Deus, é somente porque
estamos em Cristo. Estar em Cristo Jesus é estar na Casa de Deus, e não estar
em Cristo significa estar fora da Casa de Deus. Nós fomos trazidos para dentro
Dele.
Mas, estar em Cristo significa uma total exclusão de tudo aquilo
que não é Cristo, e, numa meditação anterior, esforçamo-nos para deixar algo
bem claro, isto é, a total e absoluta diferença entre Cristo e nós mesmos, até
mesmo em comparação com o nosso melhor. Quão extremamente diferente Ele é do
homem, até mesmo do melhor homem religioso; totalmente diferente em
constituição, de modo que levaria a nós uma vida inteira, sob o ensino do
Espírito Santo, para descobrir como somos diferentes de Cristo, e quão
diferente Ele é de nós. Mas Deus tem colocado esta diferença desde o princípio.
Ele não leva toda uma vida para descobri-la. Ele a conhece, e, portanto, Ele
tem posto a posição absoluta de Seu ponto de vista desde o início. Ele tem, em
efeito, dito: A diferença entre você e Cristo é tão grande e absoluta que
corresponde à largura e à profundidade de uma sepultura! É nada menos do que a morte
total. E não há atalhos. A morte e a sepultura são o fim. De um lado, portanto,
há o extremo daquilo que você é, e, se existe alguma coisa adiante, aquela
morte deve ficar no meio, e qualquer coisa subseqüente somente pode vir por
meio da ressurreição: uma passagem para fora de você mesmo indo para dentro
Dele, através da morte e da ressurreição. Assim que, nesta morte, você é tido
como saindo do estado do qual você se encontra, até mesmo do seu melhor, e
passando para o estado daquilo que Ele é. A morte de uma sepultura e está entre
você e Ele, e não há uma passagem alternativa. É um final. Entrar na Casa de
Deus significa isto.
O ALTAR
Assim você nota, voltando a João 1, que a verdade está aqui
estabelecida de uma forma representativa. Ela é desenvolvida mais clara e
totalmente mais tarde, quando o Espírito Santo é enviado para este propósito __
Ele veio para tomar aquilo que Cristo havia dito e levá-lo até o seu último
termo. __ mas em João 1, muito antes de você chegar à Casa de Deus, você tem
esta palavra reiterada, “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”.
Antes de você chegar à Casa de Deus, você tem que ir ao altar. É dessa forma
que está colocada no tabernáculo e no templo. Você jamais poderá entrar no
santuário, no interior da Casa de Deus, sem que antes tenha ido ao altar. O
Cordeiro, o Cordeiro de Deus, e o altar, se opõem e bloqueiam o seu caminho
para o santuário, e aquele cordeiro fala dessa morte em nosso lugar, de nosso
substituto. Primeiramente somos identificados com Cristo em Sua morte; a Sua
morte é a nossa morte. Então, por causa de Seu precioso sangue, que é derramado
por todo o caminho, do altar até o Santo dos Santos, por causa desse precioso
sangue é que existe um caminho de vida. É o Seu sangue, e não o nosso; não é a
nossa vida remediada; não é a nossa vida aperfeiçoada; não é a nossa vida,
absolutamente, mas a Dele. É Cristo e somente pela vida de Cristo que chegamos
na presença de Deus. Nenhum Sumo Sacerdote ousaria entrar na presença de Deus,
a não ser por meio do sangue precioso, o sangue do Cordeiro, o sangue do altar.
Eis o Cordeiro! Ele se atravessa no meio do caminho para a Casa de Deus; é um
julgamento de morte para aquilo que somos. Bem, essas são algumas informações a
partir das quais você poderá receber muito mais, eu espero, do que eu sou capaz
de falar.
Mas, o que está particularmente em vista neste momento é o assunto
de estar em Cristo, e conseqüentemente estar na Casa de Deus. A Casa de Deus é
Cristo, e, se falarmos da Casa de Deus como sendo uma coisa corporativa ou
coletiva na qual estamos, é somente porque estamos em Cristo. Aqueles que estão
em Cristo estão na Casa de Deus, e estão na Casa de Deus por meio de sua união
com Ele. Eles chegaram ao lugar onde Deus está, e onde Deus fala; onde Deus é
conhecido, e onde a autoridade de Deus está absolutamente em Cristo, e somos
levados em pensamento para Colossenses, para a palavra de Paulo __ “Ele é a
cabeça da igreja” Vemos o Corpo e sua Cabeça. A liderança de Cristo significa
que a autoridade de Deus foi concedida a Ele, para governo.
BATISMO
Agora você vê duas coisas. Há o primeiro passo em direção à Casa
de Deus, principalmente: o altar, a morte, e é isto o que o batismo representa.
Tomamos o nosso lugar em Cristo, que nos representa, como sendo o fim de tudo
aquilo que somos. Não são apenas os nossos pecados que são removidos, mas a
nossa própria pessoa, pois somos totalmente diferentes de Cristo. Do ponto de
vista de Deus, isto significa o nosso fim. Vamos entender isso. Na morte de
Cristo, Deus trouxe um fim para nós, para a nossa vida natural. Na ressurreição
de Cristo, e na nossa união a Ele, do ponto de vista de Deus, não somos mais
nós que vivemos, mas é somente Cristo quem vive, e a obra do Espírito Santo em
nós é a de fazer com que aquilo que foi estabelecido como propósito seja real
em nós. Nós não temos que morrer; nós já estamos mortos. O que temos que fazer
é apenas aceitar a nossa morte. Se falharmos em entender isso, estaremos o
tempo todo resistindo em trazer a nós mesmos para a morte. É uma posição tomada
que foi estabelecida e fixada por Deus, no que diz respeito a nós. Este é o
significado de se considerar morto. É assumindo o lugar que Deus nos indicou,
posicionando-nos nele e dizendo: Eu aceito a posição que Deus fixou para mim
mesmo; a obra do Espírito Santo é fazer o restante, mas eu aceito o fim. Se
você e eu chegarmos a um lugar onde podemos escapar da obra do Espírito em nós,
o que estamos fazendo é algo mais do que simplesmente se recusar em prosseguir.
Estaremos recusando a aceitar a posição original, e isto é muito mais grave.
Realmente é o reverso da posição que uma vez tomamos Nele.
Bem, agora, o batismo é o altar onde Deus nos considera como
mortos em Cristo, e nós simplesmente entramos e dizemos: Esta posição que Deus
estabeleceu pra mim é a posição que eu agora aceito, e testifico aqui, desta
maneira, que aceito esta posição de Deus para mim, principalmente que na cruz
eu fui levado a um fim. O Senhor Jesus tomou este caminho, e estabeleceu o
batismo desde o princípio de Sua vida pública, e, sob a unção do Espírito, a
partir daquele momento, Ele absolutamente se recusou a ouvir a Sua própria
mente, separada de Deus; se recusou a ficar de qualquer forma influenciado por
Sua própria humanidade, mesmo sendo ela sem pecado, mas separado de Deus. Ao
longo de todo o caminho, Ele estava sendo governado pela Unção; naquilo que Ele
dizia, o que Ele fazia, o que Ele se recusava a fazer, aonde Ele ia, e quando
Ele ia; e rejeitou qualquer outra influência, mesmo que viesse dos discípulos,
ou do Maligno, ou de qualquer outra direção. Sua atitude era, Pai, o que Tu
pensas sobre isso? O que Tu queres? É esta a Tua hora? Ele estava dizendo, em
efeito, o tempo todo: Não a minha vontade, mas a Tua; não os meus julgamentos,
mas os Teus; não os meus sentimentos, mas o que Tu sentes a respeito! Ele tinha
morrido, efetivamente. Seu batismo significou isto para Ele, e essa é a nossa
posição.
A
IMPOSIÇÃO DE MÃOS
Mas então, há a outra coisa. Quanto esta posição foi aceita na
morte, há o levantar. Mas, como eu disse, é o levantar em Cristo, e, da ótica
de Deus, é o levantar, não apenas em Cristo, mas como que debaixo do Senhorio
de Cristo, ou, em outras palavras, debaixo da total e final autoridade de Deus
investida em Cristo, de modo que Cristo é nossa mente, Cristo é nosso
governante, Ele é a Autoridade! E quando os crentes nos tempos do Novo
Testamento deram o primeiro passo no batismo, declarando sua morte em Cristo, e
saíram das águas, membros representantes do Corpo, não apenas os apóstolos,
impuseram suas mãos sobre suas cabeças e oraram sobre eles, e o Espírito Santo
significava que eles estavam na Casa. A Unção que estava sobre Cristo como
Cabeça agora veio sobre eles em Cristo; não uma unção separada, mas ungidos em
Cristo (2 Cor 1:21; 1 Cor 12:13).
Mas o que é a Unção? O que foi a Unção no caso de Cristo, quando
Ele aceitou uma vida representativa, renunciando viver e agir na base da
Deidade, a fim de executar a redenção do homem na condição de Homem? O que
significou a Unção? Bem, em Seu caso é muito claro. A Unção significou que Ele
estava debaixo do governo direto de Deus em todas as coisas e que tinha que
recusar a referir ou deferir a Seus próprios julgamentos e sentimentos sobre
alguma coisa. O Pai, pela Unção, governava-O em tudo, e Ele, separado disso,
foi completamente colocado de lado. E quando Ele disse: "Se alguém quiser
vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e Me siga"; ou
novamente: "Qualquer que não tomar a sua cruz, e não vir após Mim, não
pode ser Meu discípulo" (Lucas 9:23; 14:27), Ele apenas estava dizendo em
outras palavras: 'Vocês jamais poderão aprender de Mim se a cruz não estiver
operando continuamente, a fim de colocar vocês de lado, e abrir caminho para
Mim, para que vocês possam aceitar Minha mente, e a cruz significa que vocês
têm que estar crucificados para suas próprias mentes a respeito das coisas:
suas mentes têm que vir sob a cruz; suas vontades têm que vir sob a cruz; seus
sentimentos e seus modos têm que vir sob a cruz diariamente, e é desta forma
que vocês fazem um caminho para aprender de Mim, Minha mente, Meu governo, Meu
julgamento, Meu tudo. Esta é a escola do discipulado, a escola de Cristo.'
Eu estava dizendo que, no lado da ressurreição, o Governo de
Cristo sob a Unção se torna, ou deve se tornar o fator dominante na vida do
cristão, e a imposição de mãos sobre a cabeça é simplesmente uma declaração de
que esta pessoa está sob o Governo; de que esta cabeça está debaixo de outra
Cabeça; de que esta cabeça está sujeita à uma Cabeça maior. Até então esta cabeça
governava a si mesma, mas agora não mais; ela está sujeita a uma outra Cabeça.
Esta pessoa é trazida para debaixo do governo de Cristo, que é a Cabeça na
Unção. E o Espírito atestou isso nos primeiros dias; o Espírito veio sobre
aquelas pessoas, declarando que elas estavam na Casa de Deus, onde a Unção
está, que estavam sob o governo da Cabeça da Casa.
O espírito disso tudo encontra expressão naquela palavra na Carta
aos Hebreus: “Mas Cristo, como Filho, sobre a casa de Deus, a qual casa somos
nós”. (3.6) Eu penso que é desnecessário falar mais alguma coisa. Nós estamos
indo pelo caminho da revelação celestial de Cristo; e, no batismo, nós tomamos
a posição de aceitar a posição de Deus, no que diz respeito a nós,
principalmente, que isso significa o nosso fim! Se no futuro, aquilo que somos
em nós mesmos procurar afirmar-se a si mesmo, devemos reverter isso e dizer:
“Nós já dissemos de uma vez por todas __ é o fim de nós!” Mantenha a sua
atitude em direção a posição de Deus.
Após isso, a reunião ao redor e a imposição de mãos dos membros
representantes do Corpo é um simples testemunho do fato de que em Cristo tais
pessoas estão na Casa de Deus, sob o governo de Cristo através da Unção, e que
o Seu Governo nos constitui um só Nele.
Que o Senhor possa
fazer com que tudo isso seja uma realidade em todos nós; uma realidade viva,
para que realmente cheguemos a Betel e possamos dizer: O Senhor está neste
lugar. Eu estou onde o Senhor está: esta é a Casa de Deus! E isto simplesmente
significa um conhecimento vivo daquilo que significa estar em Cristo, debaixo
de Seu Governo e Unção.>Capítulo 01
>Capítulo 02
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