terça-feira, 24 de dezembro de 2019

A Escola de Cristo (T. Austin-Sparks)


Capítulo 4 

A Casa de Deus

Ler: Ezequiel 40:2-4; 43:10-11.
Você lembra que foi no tempo quando tudo que tinha sido anteriormente instrumento de Deus para mostrar em tipo Seus pensamentos no meio de Seu povo tinha fracassado e se perdido, e o povo estava longe do toque, tanto espiritualmente como literalmente, daquelas coisas (o templo e Jerusalém, etc) que o Senhor tomou Seu servo Ezequiel, e em visões de Deus, trouxe-o de volta à terra, colocando-o sobre um alto monte, e lhe mostrou em visão a cidade, e aquela grande, nova, espiritual casa celestial. Muito completa, abrangente e detalhada foi a visão e a revelação que foi dada, e o profeta foi levado a cada ponto, a cada ângulo, e através de todo aquele templo espiritual, passo a passo; dentro e for a, por cima e através, e ao redor, o anjo o tempo todo com a cana de medir, dando as dimensões, as medidas de tudo; uma definição muito exaustiva de toda esta casa espiritual. E, então, mais adiante, após ser mostrada toda forma e ordenanças, o sacerdote, os sacrifícios e tudo mais, foi ordenado ao profeta mostrar a casa a Israel, e dar a eles todos os detalhes do Divino propósito. Em nossa meditação anterior, mostramos, em relação a isto, que sempre que há um abandono dos propósitos Divinos, sempre que há uma perda da revelação original de Deus, sempre que a espiritualidade, o poder Divino daquilo que é de Deus cessa de operar no meio de Seu povo, e sempre que a glória se vai, a reação do Senhor a tal estado de coisas é trazer Seu Filho novamente à vista; e prosseguimos para ver como que, em tempo semelhante na história da Igreja nos primeiros dias, quando as coisas mudaram da glória original, João foi usado pelo Espírito através de seu evangelho, de suas cartas, e do apocalipse, para trazer o Senhor Jesus de uma forma plena, celestial e espiritual novamente à vista; fazendo-nos lembrar a nós mesmos, em assim fazendo, que o evangelho de João é praticamente o último livro do Novo Testamento que foi escrito, tanto que em valor espiritual e significância, ele realmente vem após tudo mais que foi escrito no Novo Testamento. Isto para dizer que ele representa o ensino de Deus novamente com uma fresca apresentação de Seu Filho em termos de celestialidade e espiritualidade, num tempo quando as coisas haviam se desviado.
Eu apenas quero por alguns minutos, como me sinto constrangido, ficar com isto: e temos o evangelho de João aberto diante de nós, no primeiro capítulo. E observem que isto é Deus voltando novamente em relação à plenitude de Seu propósito para o Seu povo, e o significado é exatamente este: Cristo é a plenitude do propósito de Deus para nós, e o Espírito Santo (representado pelo anjo em Ezequiel) veio com o objetivo e propósito de nos dar e nos levar para Cristo, para que tenhamos uma ampla e detalhada expressão do propósito Divino em Cristo, e sejamos trazidos Nele.
Agora você observa que com João 1 você obtém uma nova, grande e eterna apresentação:
" "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus." "
Este é o eterno pano de fundo do propósito Divino. Caminhe mais um pouco:
" "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós." "
Este é o pensamento Divino vindo da eternidade e sendo plantado em nosso meio de forma plena e inclusive; todos os pensamentos de Deus resumidos em Seu Filho, o grande Pensamento Eterno, e centralizado no meio dos homens na Pessoa de Cristo. E, então, você prossegue (e eu não estou tocando tudo o que está entre esses pontos) para o fim deste primeiro capítulo e você tem por implicação algo que é muito bonito, se você reconhecer seu valor. É a palavra a Natanael. É sempre interessante observar que foi a Natanael. Tivesse sido a Pedro, Tiago ou João, poderíamos muito bem ter concluído que a palavra era para algum tipo de círculo íntimo. Porém, sendo Natanael, ele está no maior círculo de associação com Cristo, e, portanto, o que foi dito a ele é dito a cada um de nós.
" "Vereis o céu aberto, e os anjos de Deus subindo e descendo sobre o Filho do homem." "
BETEL __ A CASA DE DEUS
Agora por implicação: somos instintivamente levados por essas palavras de volta ao Velho Testamento, para o livro de Gênesis, e Jacó imediatamente vem à vista, e nos lembramos dele em seu caminho entre dois pontos, quer dizer entre dois lugares, entre o céu e a terra; nem totalmente a terra e nem totalmente o céu, mas um ponto intermediário. Aquela noite, naquele lugar intermediário, em um local ao ar livre, ele deitou dormiu; e, eis que uma escada colocada na terra, cujo topo alcançava no céu, pela qual os anjos subiam e desciam, e acima da escada estava o Senhor; e o Senhor falou a ele. E Jacó acordou do seu sono, e disse: Certamente o Senhor está neste lugar, e eu não sabia; este não outro lugar senão a casa de Deus! E ele chamou aquele lugar de “Betel”, ou a Casa de Deus.
O Senhor Jesus apropriadamente se utilizou dessa passagem e aplicou-a a Si mesmo, em Suas palavras a Natanael, e, com efeito, ou por implicação, disse: Eu sou Betel, a Casa de Deus; eu sou aquele não é totalmente da terra, embora esteja sobre ela, nem totalmente do céu, em minha condição atual, embora ligado a ele; estou aqui entre o céu e a terra, o ponto de encontro de Deus com o homem, a Casa de Deus, em Quem Deus fala, em Quem Deus se revela __ Ele fala em Sua Casa; Ele se revela em Sua Casa __ Eu sou a Casa de Deus: a comunicação de Deus com este mundo está em Mim, e somente em Mim: “ninguém vai ao Pai senão por Mim”. Ele poderia bem ter dito, embora não esteja registrado: o Pai não vai a ninguém, mas somente a Mim.
Agora, é exatamente esta Casa de Deus, como representada por Cristo, que é a nossa reflexão, que nos leva ao testemunho prático em batismo: Jesus __ a Casa de Deus. Sabemos, naturalmente, que qualquer outra casa na Bíblia é apenas uma ilustração de Jesus. Seja ela o tabernáculo no deserto, ou o templo de Salomão, ou qualquer templo subseqüente que teve a pretensão de desempenhar a mesma função, ou qualquer outra coisa que, em termos mais espirituais no Novo Testamento é chamado de Igreja, não é outra coisa além de Cristo, mas é Cristo. No pensamento de Deus é apenas Cristo, e não há nada mais do que Cristo, e nada além de Cristo, que é a Igreja ou a Casa de Deus.
O ponto que sentimos que o Senhor está procurando enfatizar nessas meditações é como Ele tem unido todas as coisas de uma forma final, conclusiva e exclusivamente, ao Seu Filho, e que não há nada para se ter de Deus exceto Cristo, e é pelo Espírito Santo que Cristo é revelado em nossos corações. Assim, o Senhor Jesus, sendo a Casa de Deus, cumpre cada função que foi estabelecida por meio de um tipo, nessas outras casas terrestres.
Você começa com o Santíssimo Lugar, o Santo dos Santos. Em Cristo está o Santíssimo Lugar, onde Deus verdadeiramente e pessoalmente habita, e tem sua morada. Deus está em Cristo, e em nenhum outro lugar Ele habita da mesma forma. É claro que o Pai faz morada em nós. Mas, amado, há uma diferença. O fato de o Pai vir fazer morada em nós não nos constitui em muitos Cristos. Não somos moradas de Deus no mesmo sentido que o Filho é. A diferença veremos em seguida. A habitação de Deus em Cristo é única, e o Santíssimo Lugar está Nele apenas.
Nele está o oráculo; isto é, a voz, a voz que fala com autoridade, e esta autoridade é final. A autoridade final da voz de Deus está em Cristo, somente em Cristo. Os três discípulos estavam numa posição bastante exaltada, tanto em seus espíritos como em seus corpos, no Monte da Transfiguração. Foi uma experiência maravilhosa, um acontecimento espiritual tremendo. Porém mesmo assim, quando você está numa posição espiritual muito elevada e exaltada, repleta de aspirações e expressões espirituais, você pode cometer os erros mais graves. Assim Pedro, com a melhor das intenções, com as intenções mais sublimes, disse: “Senhor, é bom estarmos aqui; se quiseres, farei aqui três tendas: uma para Ti, uma para Moisés e outra para Elias”. E, enquanto ele ainda falava, Deus se manifestou e não deixou nem que Pedro terminasse, e disse, __ enquanto Pedro ainda falava, a nuvem os encobriu, e veio uma voz do céu dizendo: “Este é o meu Filho amado, em quem me comprazo; ouçam a Ele.” ‘Não comecem a dar expressões aos seus pensamentos e idéias aqui nesta posição: a palavra final de autoridade está Nele; calai-vos diante Dele’. Seus êxtases espirituais não têm lugar aqui; vocês não devem ser influenciados nem mesmo por seus sentimentos mais sublimes. ’ A voz da autoridade de Deus em Cristo é a palavra final. Ela é o oráculo que está Nele. Esta voz é o oráculo que está Nele, como no antigo santuário. Assim, podemos percorrer todo aquele tabernáculo ou templo e considerar ponto por ponto, e veremos Cristo como o cumprimento de tudo aquilo, como a Casa de Deus, onde Deus é encontrado, e onde Deus se comunica.
A CASA CORPORATIVA DE DEUS
Agora, o que é a Casa de Deus em seu sentido mais amplo, em seu sentido corporativo ou coletivo? Ela é, usando aquela maravilhosa frase com quase duas centenas de ocorrências no Novo Testamento, tudo aquilo que está representado por “em Cristo”. Se estamos na Casa de Deus, é somente porque estamos em Cristo. Estar em Cristo Jesus é estar na Casa de Deus, e não estar em Cristo significa estar fora da Casa de Deus. Nós fomos trazidos para dentro Dele.
Mas, estar em Cristo significa uma total exclusão de tudo aquilo que não é Cristo, e, numa meditação anterior, esforçamo-nos para deixar algo bem claro, isto é, a total e absoluta diferença entre Cristo e nós mesmos, até mesmo em comparação com o nosso melhor. Quão extremamente diferente Ele é do homem, até mesmo do melhor homem religioso; totalmente diferente em constituição, de modo que levaria a nós uma vida inteira, sob o ensino do Espírito Santo, para descobrir como somos diferentes de Cristo, e quão diferente Ele é de nós. Mas Deus tem colocado esta diferença desde o princípio. Ele não leva toda uma vida para descobri-la. Ele a conhece, e, portanto, Ele tem posto a posição absoluta de Seu ponto de vista desde o início. Ele tem, em efeito, dito: A diferença entre você e Cristo é tão grande e absoluta que corresponde à largura e à profundidade de uma sepultura! É nada menos do que a morte total. E não há atalhos. A morte e a sepultura são o fim. De um lado, portanto, há o extremo daquilo que você é, e, se existe alguma coisa adiante, aquela morte deve ficar no meio, e qualquer coisa subseqüente somente pode vir por meio da ressurreição: uma passagem para fora de você mesmo indo para dentro Dele, através da morte e da ressurreição. Assim que, nesta morte, você é tido como saindo do estado do qual você se encontra, até mesmo do seu melhor, e passando para o estado daquilo que Ele é. A morte de uma sepultura e está entre você e Ele, e não há uma passagem alternativa. É um final. Entrar na Casa de Deus significa isto.
O ALTAR
Assim você nota, voltando a João 1, que a verdade está aqui estabelecida de uma forma representativa. Ela é desenvolvida mais clara e totalmente mais tarde, quando o Espírito Santo é enviado para este propósito __ Ele veio para tomar aquilo que Cristo havia dito e levá-lo até o seu último termo. __ mas em João 1, muito antes de você chegar à Casa de Deus, você tem esta palavra reiterada, “Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo”. Antes de você chegar à Casa de Deus, você tem que ir ao altar. É dessa forma que está colocada no tabernáculo e no templo. Você jamais poderá entrar no santuário, no interior da Casa de Deus, sem que antes tenha ido ao altar. O Cordeiro, o Cordeiro de Deus, e o altar, se opõem e bloqueiam o seu caminho para o santuário, e aquele cordeiro fala dessa morte em nosso lugar, de nosso substituto. Primeiramente somos identificados com Cristo em Sua morte; a Sua morte é a nossa morte. Então, por causa de Seu precioso sangue, que é derramado por todo o caminho, do altar até o Santo dos Santos, por causa desse precioso sangue é que existe um caminho de vida. É o Seu sangue, e não o nosso; não é a nossa vida remediada; não é a nossa vida aperfeiçoada; não é a nossa vida, absolutamente, mas a Dele. É Cristo e somente pela vida de Cristo que chegamos na presença de Deus. Nenhum Sumo Sacerdote ousaria entrar na presença de Deus, a não ser por meio do sangue precioso, o sangue do Cordeiro, o sangue do altar. Eis o Cordeiro! Ele se atravessa no meio do caminho para a Casa de Deus; é um julgamento de morte para aquilo que somos. Bem, essas são algumas informações a partir das quais você poderá receber muito mais, eu espero, do que eu sou capaz de falar.
Mas, o que está particularmente em vista neste momento é o assunto de estar em Cristo, e conseqüentemente estar na Casa de Deus. A Casa de Deus é Cristo, e, se falarmos da Casa de Deus como sendo uma coisa corporativa ou coletiva na qual estamos, é somente porque estamos em Cristo. Aqueles que estão em Cristo estão na Casa de Deus, e estão na Casa de Deus por meio de sua união com Ele. Eles chegaram ao lugar onde Deus está, e onde Deus fala; onde Deus é conhecido, e onde a autoridade de Deus está absolutamente em Cristo, e somos levados em pensamento para Colossenses, para a palavra de Paulo __ “Ele é a cabeça da igreja” Vemos o Corpo e sua Cabeça. A liderança de Cristo significa que a autoridade de Deus foi concedida a Ele, para governo.
BATISMO
Agora você vê duas coisas. Há o primeiro passo em direção à Casa de Deus, principalmente: o altar, a morte, e é isto o que o batismo representa. Tomamos o nosso lugar em Cristo, que nos representa, como sendo o fim de tudo aquilo que somos. Não são apenas os nossos pecados que são removidos, mas a nossa própria pessoa, pois somos totalmente diferentes de Cristo. Do ponto de vista de Deus, isto significa o nosso fim. Vamos entender isso. Na morte de Cristo, Deus trouxe um fim para nós, para a nossa vida natural. Na ressurreição de Cristo, e na nossa união a Ele, do ponto de vista de Deus, não somos mais nós que vivemos, mas é somente Cristo quem vive, e a obra do Espírito Santo em nós é a de fazer com que aquilo que foi estabelecido como propósito seja real em nós. Nós não temos que morrer; nós já estamos mortos. O que temos que fazer é apenas aceitar a nossa morte. Se falharmos em entender isso, estaremos o tempo todo resistindo em trazer a nós mesmos para a morte. É uma posição tomada que foi estabelecida e fixada por Deus, no que diz respeito a nós. Este é o significado de se considerar morto. É assumindo o lugar que Deus nos indicou, posicionando-nos nele e dizendo: Eu aceito a posição que Deus fixou para mim mesmo; a obra do Espírito Santo é fazer o restante, mas eu aceito o fim. Se você e eu chegarmos a um lugar onde podemos escapar da obra do Espírito em nós, o que estamos fazendo é algo mais do que simplesmente se recusar em prosseguir. Estaremos recusando a aceitar a posição original, e isto é muito mais grave. Realmente é o reverso da posição que uma vez tomamos Nele.
Bem, agora, o batismo é o altar onde Deus nos considera como mortos em Cristo, e nós simplesmente entramos e dizemos: Esta posição que Deus estabeleceu pra mim é a posição que eu agora aceito, e testifico aqui, desta maneira, que aceito esta posição de Deus para mim, principalmente que na cruz eu fui levado a um fim. O Senhor Jesus tomou este caminho, e estabeleceu o batismo desde o princípio de Sua vida pública, e, sob a unção do Espírito, a partir daquele momento, Ele absolutamente se recusou a ouvir a Sua própria mente, separada de Deus; se recusou a ficar de qualquer forma influenciado por Sua própria humanidade, mesmo sendo ela sem pecado, mas separado de Deus. Ao longo de todo o caminho, Ele estava sendo governado pela Unção; naquilo que Ele dizia, o que Ele fazia, o que Ele se recusava a fazer, aonde Ele ia, e quando Ele ia; e rejeitou qualquer outra influência, mesmo que viesse dos discípulos, ou do Maligno, ou de qualquer outra direção. Sua atitude era, Pai, o que Tu pensas sobre isso? O que Tu queres? É esta a Tua hora? Ele estava dizendo, em efeito, o tempo todo: Não a minha vontade, mas a Tua; não os meus julgamentos, mas os Teus; não os meus sentimentos, mas o que Tu sentes a respeito! Ele tinha morrido, efetivamente. Seu batismo significou isto para Ele, e essa é a nossa posição.
A IMPOSIÇÃO DE MÃOS
Mas então, há a outra coisa. Quanto esta posição foi aceita na morte, há o levantar. Mas, como eu disse, é o levantar em Cristo, e, da ótica de Deus, é o levantar, não apenas em Cristo, mas como que debaixo do Senhorio de Cristo, ou, em outras palavras, debaixo da total e final autoridade de Deus investida em Cristo, de modo que Cristo é nossa mente, Cristo é nosso governante, Ele é a Autoridade! E quando os crentes nos tempos do Novo Testamento deram o primeiro passo no batismo, declarando sua morte em Cristo, e saíram das águas, membros representantes do Corpo, não apenas os apóstolos, impuseram suas mãos sobre suas cabeças e oraram sobre eles, e o Espírito Santo significava que eles estavam na Casa. A Unção que estava sobre Cristo como Cabeça agora veio sobre eles em Cristo; não uma unção separada, mas ungidos em Cristo (2 Cor 1:21; 1 Cor 12:13).
Mas o que é a Unção? O que foi a Unção no caso de Cristo, quando Ele aceitou uma vida representativa, renunciando viver e agir na base da Deidade, a fim de executar a redenção do homem na condição de Homem? O que significou a Unção? Bem, em Seu caso é muito claro. A Unção significou que Ele estava debaixo do governo direto de Deus em todas as coisas e que tinha que recusar a referir ou deferir a Seus próprios julgamentos e sentimentos sobre alguma coisa. O Pai, pela Unção, governava-O em tudo, e Ele, separado disso, foi completamente colocado de lado. E quando Ele disse: "Se alguém quiser vir após Mim, negue-se a si mesmo, tome a sua cruz e Me siga"; ou novamente: "Qualquer que não tomar a sua cruz, e não vir após Mim, não pode ser Meu discípulo" (Lucas 9:23; 14:27), Ele apenas estava dizendo em outras palavras: 'Vocês jamais poderão aprender de Mim se a cruz não estiver operando continuamente, a fim de colocar vocês de lado, e abrir caminho para Mim, para que vocês possam aceitar Minha mente, e a cruz significa que vocês têm que estar crucificados para suas próprias mentes a respeito das coisas: suas mentes têm que vir sob a cruz; suas vontades têm que vir sob a cruz; seus sentimentos e seus modos têm que vir sob a cruz diariamente, e é desta forma que vocês fazem um caminho para aprender de Mim, Minha mente, Meu governo, Meu julgamento, Meu tudo. Esta é a escola do discipulado, a escola de Cristo.'
Eu estava dizendo que, no lado da ressurreição, o Governo de Cristo sob a Unção se torna, ou deve se tornar o fator dominante na vida do cristão, e a imposição de mãos sobre a cabeça é simplesmente uma declaração de que esta pessoa está sob o Governo; de que esta cabeça está debaixo de outra Cabeça; de que esta cabeça está sujeita à uma Cabeça maior. Até então esta cabeça governava a si mesma, mas agora não mais; ela está sujeita a uma outra Cabeça. Esta pessoa é trazida para debaixo do governo de Cristo, que é a Cabeça na Unção. E o Espírito atestou isso nos primeiros dias; o Espírito veio sobre aquelas pessoas, declarando que elas estavam na Casa de Deus, onde a Unção está, que estavam sob o governo da Cabeça da Casa.
O espírito disso tudo encontra expressão naquela palavra na Carta aos Hebreus: “Mas Cristo, como Filho, sobre a casa de Deus, a qual casa somos nós”. (3.6) Eu penso que é desnecessário falar mais alguma coisa. Nós estamos indo pelo caminho da revelação celestial de Cristo; e, no batismo, nós tomamos a posição de aceitar a posição de Deus, no que diz respeito a nós, principalmente, que isso significa o nosso fim! Se no futuro, aquilo que somos em nós mesmos procurar afirmar-se a si mesmo, devemos reverter isso e dizer: “Nós já dissemos de uma vez por todas __ é o fim de nós!” Mantenha a sua atitude em direção a posição de Deus.
Após isso, a reunião ao redor e a imposição de mãos dos membros representantes do Corpo é um simples testemunho do fato de que em Cristo tais pessoas estão na Casa de Deus, sob o governo de Cristo através da Unção, e que o Seu Governo nos constitui um só Nele.
Que o Senhor possa fazer com que tudo isso seja uma realidade em todos nós; uma realidade viva, para que realmente cheguemos a Betel e possamos dizer: O Senhor está neste lugar. Eu estou onde o Senhor está: esta é a Casa de Deus! E isto simplesmente significa um conhecimento vivo daquilo que significa estar em Cristo, debaixo de Seu Governo e Unção.


>Capítulo 01

>Capítulo 02








OUÇA O ÁUDIO DA MENSAGEM ACIMA ATRAVÉS DO LINK ABAIXO:>A Escola de Cristo - A Casa de Deus


VISITE NOSSOS CANAIS DO YOUTUBE NOS SEGUINTES LINKS: 

>Nosso Canal do Youtube (Áudio Livros Cristão)

>Nosso Segundo Canal (Variedades Diversas)

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Escola de Cristo - T. Austin-Sparks

Prefácio da Terceira Edição Revisada A ministração contida neste pequeno livro foi escrita sobre a bigorna de envolvimentos profund...